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quarta-feira, 10 de março de 2010

Miguel Batista - Pedreiro Cineasta

Um homem de aparência saudável, cabelo ralo, estatura média, magro e com um semblante humilde e triste. Os olhos se limitam a percorrer a região inferior dos objetos, pessoas e paisagens e transmitem com uma força impressionante a decepção que a vida lhe trouxe e a falta de esperança na raça humana.

- Meu nome é Miguel. Miguel Batista. Sou pedreiro e cineasta! Diz satisfeito, com um sorriso um pouco tímido e um olhar que já foi iluminado.

Miguel mora em Diadema, em uma casa pequena e simples, que divide com a esposa e com a sogra. Para ele, compromisso é coisa séria, mas prefere não fazer promessas:

- Vai que um dia eu resolvo fazer alguma coisa errada? Pelo menos não prometi nada a ninguém, você não acha?

- Não sei, o que o senhor acha?

- Eu acho que é uma boa maneira de viver…

Ele trabalha em uma construção que fica a três ou quatro quarteirões de sua casa, mas não vai à obra todos os dias. Para ele, antes do trabalho como pedreiro, vem a paixão pelo cinema. Miguel dirige, produz e também atua em seus filmes e já ganhou alguns prêmios na região onde mora. Além disso, é poliglota, filósofo e poeta.

- Quando eu estou muito pensativo, minha patroa já sabe que eu estou pensando em cinema. Ela fica brava e me manda pra casa pra não deixar as paredes tortas, diz ele antes de uma gargalhada.

- O que o senhor gosta de ler?

- Leio Nietzche, Schopenhauer, Goethe. Mas gosto mesmo é de desligar meus pensamentos dos livros. Prefiro ser eu mesmo.
Por onde passa, Miguel é cumprimentado pelas pessoas. É chamado de “cara do cinema”, sonhador e Krusmanta.

- Por que Krusmanta, seu Miguel?

- Krusmanta é o nome de um dos meus filmes e também é nome da religião que eu criei. Esse Deus de que todos falam já tem seguidores demais.

- É sonhador?

- Muita gente não acredita em mim. Pensam que eu sou só um louco.

- O senhor não liga?

- Ah. Eu não. Prefiro dar risada. Eles nunca vão entender o que passa pela minha cabeça.

Ligia Tuon

ENTREVISTA JÔ SOARES TV GLOBO:

ENTREVISTA TV CULTURA SÃO PAULO:

ENTREVISTA TV GAZETA SÃO PAULO:




quinta-feira, 4 de março de 2010

O Dr. José Flávio Sombra Saraiva lançará o livro "Mãe Sombra, uma mestra do sertão"

Limoeiro do Norte. O professor Doutor em História, José Flavio Sombra Saraiva, natural desta cidade, organizador do livro "Mãe Sombra, uma mestra do sertão" lançará a obra amanhã, às 19h, na sala da Academia Limoeirense de Letras. Os professores Valdir Sombra (filho da homenageada) e padre Francisco de Assis Pitombeira (ex-aluno da homenageada) traçam um perfil do livro e do autor. A saudosa professora Maria Sombra de Assis, destaca na obra, instalou uma escola estadual na comunidade da Gangorra onde em 1930 foi contratada pelo governador do Ceará, na época, Matos Peixoto, e mais de 1.500 crianças receberam ao longo dos anos seus ensinamentos educacionais.




Sobre José Flávio Sombra Saraiva
Professor Titular em Relações Internacionais, por concurso público, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB). Possui graduação em Relações Internacionais pela UnB (1981), mestrado em História pelo El Colegio de México (1985), doutorado por meio de Phd em Humanidades, área de História e Política Externa do Brasil para a África, na The University of Birmingham (1991) e estudos pós-doutorais em Relações Internacionais pela Universidade de Oxford, Inglaterra. Além de professor titular da Universidade de Brasília, onde trabalha desde 1986, é pesquisador 1 do CNPq e líder de pesquisa. Dirige o Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI), ong de mais de meio século de existência dedicada à difusão do estudo das relações internacionais e da política exterior do Brasil, instituição que edita desde 1958 a Revista Brasileira de Política Internacional (RBPI). É vice-presidente da Comissão Internacionla de História das Relações Internacionais (CHRI), vinculada ao Comitê Internacional de Ciências Históricas. Tem experiência na área de História Contemporânea, Brasil Contemporâneo e Relações Internacionais. Escreveu 13 livros, editados no Brasil e no mundo. Foi professor visitante de universidades na Europa, na América Latina e na África. Atua principalmente nos seguintes temas: relações internacionais, política externa do brasil, história das relações internacionais, diplomacia, política internacional, processos de integração, América Latina e África. Foi eleito, em julho de 2009, para o biênio 2009-2011, presidente da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI), que reúne professores, estudantes e profissionais voltados para as relações internacionais no país.