Pages

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nilson Holanda

Antônio Nilson Craveiro Holanda é uma mais respeitadas culturas jovens do Brasil, detentor de profundos conhecimentos nos campos do Direito e da Economia. Tem desempenhado cargos da mais alta importância nos meios econômicos brasileiros, notadamente no Banco do Nordeste do Brasil, que ajudou a consolidar.
Nasceu Nilson Holanda a 22 de junho de 1935, em Limoeiro do Norte, CE. Nessa cidade, concluiu o seu curso secundário no Ginásio Diocesano. O Curso Clássico fê-lo no Colégio Estadual do Ceará (Liceu do Ceará), em Fortaleza. Formou-se em 1957 pela Universidade Federal do Ceará, recebendo o título de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Em 1961, freqüentou a Universidade de Stanford, Califórnia, EUA, onde recebeu o título de Master of Arts (Economics). Posteriormente, recebeu da Universidade de Harvard, Massachusets, EUA, o Diploma Master of Public Administration (1960).

Dentre outros programas de treinamento, podemos mencionar: II Curso de Especialistas em Desenvolvimento Econômico, patrocinado pelo Banco do Nordeste do Brasil (1956); Estágio no Instituto de Pesquisas da Universidade de Stanford (1961); visitas de estudos a organizações de desenvolvimento do Estado Libre Asociado de Puerto Rico, como bolsista das Nações Unidas (1961); visita de estudos a organizações de planejamento da França, Itália, Bélgica, Holanda e Áustria, em programa patrocinado pela Universidade de Harvard e Fundação Ford (1969); Visita a organizações de desenvolvimento da Índia (pequena indústria), Coréia do Sul e Japão (promoção de exportações), em programa patrocinado pela Usaid (1970); participante do Seminário Political Economy of Natural Resources Development. em Washington, DC, EUA, sob o patrocínio do Departamento de Estado Norte-americano e a Universidade John Hopkins (1977); visita de estudos no Instituto Nacional de Administração de Madrid e Alcalá de Henares, Espanha e à Escola Nacional de Administração de Paris, França (1986); visita de estudos ao Ministério de Ia Funcción Pública e ao Instituto de Buenos Aires, Argentina.
Iniciou suas atividades profissionais no Banco do Nordeste do Brasil, em 1955, como Assessor Auxiliar da Presidência; de 1959 a 1961, foi Analista de Projetos do Departamento Industrial e de Investimentos do BNB; 1961 e 1962 viram-no como Chefe da Divisão de Análise de Projetos; de 1962 1965, foi Chefe Adjunto do Departamento Industrial e de Investimentos e, de 1962 a 1965, foi Chefe do mesmo Departamento do BNB.
No Ministério do Planejamento foi, de 1971 a 1973, Superintendente do Instituto de Planejamento da Fundação IPEA e, cumulativamente, Secretário de Planejamento junto à Secretaria Geral do Ministério de Planejamento e Coordenação Geral. De 1971 a 1974, foi Superintendente do Instituto de Planejamento (IPEA/IPLAN) e Secretário de Planejamento; Membro dos Conselhos de Administração do BNDES e Finep; Representante do Ministério dos Conselhos Deliberativos da Sudene, Sudam, Sudeco e Sudesul.
Como Professor Universitário, foi lente de Introdução à Economia e Teoria do Desenvolvimento Econômico, na Universidade Federal do Ceará, de 1962 a 1970 e Professor de Elaboração e Avaliação de Projetos em diversos cursos da Cepal no Brasil, Colômbia e Peru.
Em 1964, assumiu a Presidência do Banco do Nordeste do Brasil. Como Delegado brasileiro, tomou parte em diversas missões no exterior, valendo destacar: Delegado do Conselho Interamericano da Aliança para o Progresso, em Washington, EUA, 1972/1973; Membro da Missão Brasileira encabeçada pelo Ministro do Planejamento, à França e à Rússia, em 1972.
Nilson Holanda sempre batalhou por uma política moderna e sua ação desmistificou certos hábitos e costumes sediços.
Lutou principalmente contra os quatro mitos que descobriu embutidos em todo o processo de evolução da Região Nordeste. São eles:
1o. O mito isolacionista dos que subestimam a condição natural de dependência da região pobre em relação ao pólo desenvolvido e ignoram o sistema de vasos com uni cantes do País;
2o. O mito do custo excessivo que se fundamenta no falso pressuposto de que são excessivamente elevados os investimentos de programas em relação à possibilidades do País;
3o. O mito do sistema não-responsivo, firmado na evasiva de que a economia nordestina não seria capaz de responder satisfatoriamente aos investimentos governamentais;
4o. O mito de desenvolvimento a-social (para não dizer anti-social) que insiste na tese de que não se traduzem em distribuição de benefícios, ou seja, em desenvolvimento social, no seu discurso de boas-vindas ao Instituto do Ceará, o Prof. Dr. Francisco Alves de Andrade assim se manifestou: A estas objurgatórias opusestes o brilhantismo e a vossa combatividade. E o desempenho do Banco do Nordeste ergue-se no avanço, dos seus estudos e pesquisas, na mostra palpitante de realizações de um caudaloso rio, cujo leito, descoberto por Rômulo de Almeida, inicialmente, recebeu o amanho prudente e previdente de Raul Barbosa em seus negócios. O sistema cresceu num processo de integração iniciado por Rubens Costa e ascendeu à plenitude de sua mais vigorosa expansão sob o talento e cultura do Professor Nilson Holanda.

Bibliografia de Nilson Holanda
Planejamento e Projetos 13a edição, Imprensa Universitária do Ceará, Fortaleza (edições patrocinadas pelo Instituto Nacional do Livro, Brasília e Apec Editora, Rio, 1987);
Introdução à Economia 6a edição, Editora Vozes, Rio, 1987;
Introdução à Teoria do Desenvolvimento do Nordeste BNB, Fortaleza, 1976;
Política de Desenvolvimento do Nordeste BNB, Fortaleza, 1979;
Raul Barbosa, o Banco do Nordeste do Brasil e o Desenvolvimento Econômico da Região la Ed. Maria Olímpia Xavier, BNB, 1979;
Técnicas de Planejamento em Bancos de Desenvolvimento Editor Associação Brasileira de Bancos de Desenvolvimento Rio, 1980;
Os Bancos de Desenvolvimento como Agentes de Mudanças Ed. ABDE Rio; 1980;
Plano de Desenvolvimento da Região do Araguaia Tocantins (1984/94)
Relatório final do Prodiat (Coordenador e Editor), 1985. publicado em 1987;
La Planificación en el Proceso de Cambio in Experiencias y Problemas de Planificación en America Latina, Siglo Veinteuno Editores, Mexico, 1974;
Critical Areas in the Organization and Functional Effirency of Financial Development Institutions ALIDE and Federal Development Business Bank of Canada, Montreal, 1980.
http://www.institutodoceara.org.br/membros/NilsonHolanda.htm

0 comentários:

Postar um comentário